Com Armazéns e Fábricas, China Amplia Presença no Agronegócio

NOTÍCIA - No Brasil desde 2014, a Cofco International é uma das principais companhias chinesas que se estabeleceram no setor do agronegócio no Mato Grosso, mantendo um ritmo forte de expansão e tendo como objetivo garantir que a soja chegue ao mercado da China. Em pouco mais de meia década, a Cofco passou a competir de igual para igual com corporações estabelecidas há mais tempo na região, como as estadunidenses Cargill e Bunge. Em 2018, segundo estudo da Markestrat, exportou 10,96 milhões de toneladas, crescimento de 17,8% sobre o ano anterior. De acordo com Carolina Hernandez Tascon, diretora da área de grãos e oleaginosas da companhia chinesa, há "um plano estratégico de crescimento de pelo menos 5% ao ano". Atualmente, a Cofco tem 19 armazéns no país, sendo 70% no Mato Grosso, e emprega cerca de 6.500 pessoas. Fonte: Folha de São Paulo.

 

COMENTÁRIO - Uma das estratégias utilizadas para o crescimento é fidelizar sojicultores, oferecendo insumos e fertilizantes em troca de parte da produção, prática conhecida como barter. A China é o maior mercado consumidor da soja brasileira, tendo comprado 60 milhões de toneladas em 2019, cerca de 75% do total exportado. De fato, pode-se dizer que os chineses encaram a soja sob a ótica da segurança alimentar, já que se trata de produto fundamental para o país asiático. Nesse contexto, além da Cofco, vale mencionar a presença em território brasileiro da Dakang, que comprou a Fiagril em 2016; da Zhurai, que planeja a instalação de uma fábrica de drones para a agricultura; da ChemChina, que comprou a Syngenta em 2017; e do Grupo Sino, que anunciou centro tecnológico focado no agronegócio. Fonte: Idem.