A XIV Cúpula dos BRICS Chega ao Fim com a Publicação da Declaração de Pequim

NOTÍCIA – Realizada de forma virtual, a XIV Cúpula dos BRICS, grupamento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, chegou ao fim no dia 24 de junho de 2022. Sob presidência da China, o encontro contou com a presença e com os discursos dos chefes de Estado dos cinco países, bem como com reuniões paralelas ao longo da semana, inclusive, com empreendedores no âmbito do Fórum de Negócios. A Declaração de Pequim já está disponível, e, dentre outros pontos, ela traz discussões acerca da guerra entre Rússia e Ucrânia, a expansão da plataforma – algo conhecido como BRICS Plus – a Iniciativa de Segurança Global de Xi Jinping e críticas a países ocidentais e a suas sanções.

 

COMENTÁRIO – O Diálogo Chino publicou um artigo de opinião de Renata Albuquerque Ribeiro e Adriana Abdenur, da Plataforma CIPÓ. Nele, argumentam que a cúpula representou uma oportunidade para expandir a discussão em torno da cooperação e da infraestrutura energética, tendo em vista que "as economias emergentes do bloco estão numa posição única para estimular a cooperação em energia verde e políticas relacionadas. Como atores-chave dos setores de carvão, petróleo, gás e nuclear, suas decisões e trajetórias serão fundamentais para atingir metas globais, bem como apoiar e dar o tom para um uso mais eficiente e justo da energia no mundo em desenvolvimento. Os países dos Brics compreendem quase 3,2 bilhões de pessoas e são responsáveis por aproximadamente 40% do consumo mundial de energia. Ou seja, não há transição energética sem esses países. Como provedores de ajuda internacional, especialmente da cooperação Sul-Sul, através de esforços como a Iniciativa de Cinturão e Rota, da China, eles ajudam a moldar práticas e normas nos países em desenvolvimento."