NOTÍCIA - No dia 22 de setembro de 2020, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Xi Jinping, criticou a politização em torno da Covid-19 e pediu união para enfrentar os desafios existentes no mundo pós-pandêmico. Segundo o presidente chinês, "qualquer tentativa de politização ou estigmatização deve ser rejeitada", acrescentando que "nós não temos intenção de travar uma guerra fria ou quente com nenhum país", reafirmando que o plano de desenvolvimento da China é "aberto, cooperativo e pacífico" e reiterando que as vacinas chinesas contra o novo coronavírus serão um "bem público mundial". Essa foi a segunda vez que Xi Jinping discursou na Assembleia Geral da ONU, sendo que, nessa oportunidade, o pronunciamento, assim como dos demais líderes, ocorreu por meio de vídeo por causa da pandemia. Fonte: Folha de São Paulo.

COMENTÁRIO - Xi Jinping foi o quarto chefe de Estado a fazer seu pronunciamento, tendo sido antecedido por Jair Bolsonaro (Brasil), que abriu o evento seguindo a tradição, por Donald Trump (Estados Unidos da América) e por Recep Erdogan (Turquia). Dentre outros tópicos trazidos pelo líder chinês, destaca-se a defesa de uma maior democratização do sistema internacional, não só pela tradicional salvaguarda em relação ao multilateralismo e ao desenvolvimento cooperativo e pacífico, mas também pela clara menção à evolução da dinâmica política e econômica da comunidade internacional. Nesse sentido, vale dizer que a visão de que o sistema global precisa de reformas coordenadas é de interesse também do Brasil, que busca maior inserção nos mecanismos internacionais, principalmente de tomadas de decisão estratégicas.