"Chineses Estão Atentos se Produtos São Sustentáveis", diz Embaixador Yang Wanming

NOTÍCIA – Nos últimos 30 anos, a China experimentou formidável crescimento econômico, e mais de 900 milhões de pessoas deixaram a pobreza para ingressar na classe média, formando o mais robusto mercado consumidor do planeta. Ademais, a China ocupa posição central nas discussões que movem a COP26, a Cúpula Climática da ONU que acontece em Glasgow, na Escócia. Segundo o embaixador do país no Brasil, Yang Wanming, a China exerce hoje papel de liderança na transição para uma economia verde. Ele manda ainda um recado aos exportadores brasileiros: consumidores e o governo chinês vão exibir sustentabilidade dos produtos que compram. Fonte: Veja.
COMENTÁRIO – Segundo o embaixador Yang Wanming, "no período pós-pandemia, a cooperação em sustentabilidade, inovação, ciência e tecnologia certamente dará mais ímpeto à parceria sino-brasileira. Em 2022, a China assumirá a presidência do BRICS. E trabalhará para implementar os consensos dos líderes dos BRICS, combater a politização da pandemia, a estigmatização do vírus e a instrumentalização do rastreio de suas origens, levando adiante o mecanismo BRICS de forma estável, solida e de longo prazo". Ele acrescentou: " A China prioriza a descarbonização de sua economia e apresenta vantagens significativas na pesquisa e aplicação de tecnologia, e no investimento com financiamento verde. Atualmente, o país é o maior investidor mundial em energias renováveis e o maior fabricante de equipamentos de energias limpas. [...] China e o Brasil enfrentam a missão comum de articular o crescimento econômico com a proteção ambiental e têm, portanto, amplas perspectivas de cooperação no processo de descarbonização. Nestes últimos anos, cada vez mais empresas chinesas estão investindo em projetos de energia limpa, com uma participação ativa e contribuição positiva em relação ao desenvolvimento sustentável da economia brasileira. O investimento da State Grid no projeto Belo Monte fez do Brasil o primeiro país das Américas a ter a tecnologia de transmissão de ultra-alta tensão, e reduziu as emissões brasileiras de carbono em 21 milhões de toneladas". Sobre a Iniciativa Cinturão e Rota no Brasil e na América Latina, menciona que ela "é uma plataforma aberta a todos os países, com o objetivo de promover comunicação política, conectividade de infraestrutura, fluxos comerciais, movimentos financeiros e entendimento interpessoal, bem como fomentar a integração econômica global, a sinergia de desenvolvimento e a partilha de resultados. Até o momento, a China assinou acordos nesse âmbito com mais de 140 países e 32 organizações internacionais, incluindo 19 países da América Latina e do Caribe. Nos últimos anos, os investimentos chineses na América Latina e no Brasil vêm crescendo de forma constante e registram sua maior alta nos setores de infraestrutura e energia limpa. Conforme a demanda do Brasil e dos demais países latino-americanos, a China está disposta a intensificar a cooperação em infraestrutura verde, energia verde e financiamento verde, com a estruturação de mais projetos amigáveis ao meio ambiente". Fonte: Idem.