NOTÍCIA – Em plena crise sanitária decorrente da pandemia do coronavírus, a China deu uma guinada nas suas relações com a América Latina. Pela primeira vez em 16 anos, seus dois principais bancos de desenvolvimento, o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco de Exportação e Importação da China, não concederam nenhum financiamento aos governos da região em 2020. As companhias chinesas, por sua vez, fortaleceram seus investimentos em infraestrutura, principalmente na forma de distribuição de energia elétrica, e continuam aumentando a demanda por matérias-primas. Trata-se de uma transição para um compromisso mais concentrado em dois setores-chave para o País do Meio: infraestrutura e matérias-primas. Fonte: El País.

COMENTÁRIO – A Covid-19 mudou a política de ajuda internacional da China, que passou a enviar equipamentos sanitários no valor de US$ 214 milhões (R$ 1,12 bilhão), dos quais quase a metade foi destinada apenas à Venezuela (US$ 100 milhões). Trata-se da chamada "diplomacia das máscaras",  relacionada à Rota da Seda da Saúde, que inclui, por exemplo, doações de tecnologia da Huawei para determinados países da região para ajudá-los a enfrentar a pandemia. De fato, a crise sanitária levou o País do Meio a assumir um papel mais relevante na América Latina e a fortalecer sua atuação em questões relacionadas ao multilateralismo, às mudanças climáticas e às energias renováveis. Fonte: Idem.