NOTÍCIA - Após dois anos de planejamento, a China deve lançar em breve seu mais novo e ambicioso plano com duração de 15 anos, China Standards 2035. Trata-se de uma espécie de sucessor do Made in China 2025, voltado para a fabricação global, mas, desta vez, o plano terá um foco maior nas novas tecnologias que devem definir a presente e a próxima décadas, como 5G, inteligência artificial, big data e internet das coisas (IoT). Padrões e especificações técnicas garantem uma maior uniformização e eficiência no uso de tecnologias, além de terem a capacidade de moldar concretamente o panorama de infraestrutura tecnológica no mundo, e a China tem buscado maior protagonismo nesse campo, tradicionalmente dominado pelos Estados Unidos e pela Europa. Em contrapartida, a China ainda enfrenta alguns desafios para suas ambições, como desconfianças políticas, forte domínio estadunidense e europeu na área e a necessidade de desenvolver companhias do nível da Huawei Technologies em variados setores de tecnologia. Fonte: CNBC.

COMENTÁRIO - Com o novo plano, a China tende a melhorar seus padrões domésticos, ao mesmo tempo que ganha maior influência internacional no campo da tecnologia, algo que já vinha ocorrendo nos últimos anos, especialmente com a atuação da Huawei Technologies no 5G. Em 2019, Xi Jinping já havia ampliado o escopo da iniciativa Belt and Road, um dos principais pilares da política externa chinesa recente, para incluir questões relacionadas à tecnologia, consideradas como novas frentes de infraestrutura, e essa tendência deve continuar e fortalecer-se. No Brasil, há a possibilidade de se estar mais próximo dos padrões chineses com o leilão do 5G, previsto para o fim de 2020, já que, recentemente, o país decidiu não vetar ou limitar a atuação da Huawei no fornecimento de infraestrutura 5G no território nacional.