A China e os Países da BRI Deveriam Lidar Conjuntamente com a Crise Econômica Oriunda da Pandemia

NOTÍCIA - Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que a economia global deve enfrentar a pior recessão econômica desde a Grande Depressão, ou seja, uma situação ainda pior que a crise de 2008, por causa da pandemia gerada pelo novo coronavírus. Nesse contexto, é natural que a iniciativa Belt and Road (BRI), proposta pela China, encontre obstáculos para continuar seu desenvolvimento natural. De fato, muitos países ainda estão lidando com a crise do COVID-19, mas, à medida que forem retomando suas atividades normais, os projetos também voltarão a ser restabelecidos. Segundo Liang Haiming, retor da Hainan University Belt and Road Research Institute, "a iniciativa trará novas oportunidades para impulsionar a recuperação econômica e o crescimento depois que a pandemia estiver efetivamente controlada." Fonte: China.org.

 

COMENTÁRIO - A Belt and Road é uma das principais iniciativas de política externa da China e certamente não será abandonada. Pelo contrário, no dia 18 de abril de 2020, Xi Jinping reiterou que a China irá conjuntamente avançar com medidas de desenvolvimento de qualidade sob o guarda-chuva da BRI como parte do plano de recuperação pós-COVID-19, o que demonstra que a iniciativa continua sendo uma alta prioridade para a China, mesmo durante o período em que estará revitalizando sua própria economia. Nesse contexto, a China tende a buscar uma ação conjunta com os países para dar continuidade aos projetos e a sua ideia de "comunidade com um futuro comum para a humanidade". Embora o Brasil não esteja formalmente inserido na Belt and Road, os investimentos chineses já se encontram fortemente em território brasileiro e poderiam intensificar-se ainda mais em um momento em que o país precisa de aportes financeiros. Dessa forma, trata-se de uma oportunidade para se buscar uma maior cooperação com a China, inclusive, no que concerne à BRI.